Da minha janela, o mundo parece mais lento.
As folhas dançam ao vento como se soubessem que o tempo não precisa correr para ser bonito.
Há uma luz dourada que toca os telhados com delicadeza, como quem acaricia memórias antigas.
Observo o céu mudando de cor e penso: a vida também muda assim, aos poucos, sem alarde.
Cada tom novo é uma fase, uma emoção, uma história que se escreve em silêncio.
Aqui, entre o vidro e o horizonte, percebo que há beleza em simplesmente estar.
Em respirar fundo, em ouvir o som distante da cidade, em sentir que mesmo parado, estou a viver.
A janela não é só uma moldura — é um convite à contemplação.
E hoje, ela me ensinou que às vezes, tudo o que precisamos é olhar com mais calma para o que já está diante de nós.
Que o teu olhar encontre poesia nas pequenas coisas.

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