Outono Eterno

 
As folhas caem como promessas esquecidas,  
O vento murmura nomes que já não existem.  
O céu veste cinza, como luto antigo,  
E eu caminho entre sombras que me conhecem.

O tempo parou entre ramos nus,  
Onde o sol hesita e a lua vigia.  
Cada passo ecoa memórias secas,  
Como páginas rasgadas de um livro perdido.

Outono eterno, estação da alma,  
Onde o amor se desfaz em névoa e silêncio.  
Queima-me em brasas douradas e frias,  
Mas deixa-me viver neste feitiço lento.
 

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