No olhar de um cão há abrigo,
no ronronar do gato, oração.
São almas que chegam sem aviso,
e fazem do lar, coração.
O passarinho canta no beiral,
como quem sabe segredos do céu.
A tartaruga caminha devagar,
mas ensina o tempo com seu véu.
O coelho se esconde entre folhas,
o cavalo galopa em liberdade.
Cada gesto, cada toque,
é ternura em sua verdade.
Não pedem palavras nem promessas,
apenas presença e calor.
São mestres do afeto simples,
do silêncio que cura a dor.
E quando o mundo pesa demais,
eles deitam ao nosso lado.
Com olhos que dizem: “Estou aqui”,
num amor puro, delicado.

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